O que é economia da atenção e por que ela importa para seu produto
Jéssica Moraes

Jéssica Moraes

7 minutos de leitura

Você já ouviu falar em economia da atenção? Desde os flyers até os anúncios em plataformas de streaming, ninguém está imune às propagandas. São diversas marcas disputando o interesse do consumidor.

Não à toa, a atenção tornou-se a “pergunta de 1 milhão de dólares”, com todos buscando descobrir como ser implacável na implementação de estratégias de marketing certeiras.

O conceito de economia da atenção, criado em 1970 por Herbert Simon, explica que a atenção é um recurso limitado e, por isso, pode ser capitalizada como uma mercadoria.

Neste artigo, você vai aprender o que é a economia da atenção, seus benefícios e como aplicá-la para atrair, engajar e motivar seu público-alvo. Boa leitura!

O que é economia de atenção?

Como vimos brevemente, a expressão “economia da atenção” foi criada por Herbert Simon, em 1970, ao explicar que existe um limite para a capacidade humana de pensar e executar suas tarefas cotidianas ao mesmo tempo.

Para ele, “uma riqueza de informações cria uma pobreza de atenção”, ou seja, os produtos deveriam resolver a vida dos usuários, e não promover comportamentos viciantes ou prejudiciais.

Se trouxermos esse conceito para os dias de hoje, o volume de propagandas e comerciais é massivo, o que gera no consumidor a sensação constante de estar perdendo algo por falta de tempo e excesso de informações.

Portanto, a atenção tornou-se uma mercadoria, reforçando a expressão “economia da atenção”.

Assim, a atenção é uma “moeda” essencial, influenciando desde o consumo de mídia até as decisões de compra. E, embora seja um meio de gerenciar informações, a lógica não se aplica apenas ao digital. 

Ela está presente em flyers, outdoors, revistas, TV, rádio, disposição de produtos em supermercados, entre outros espaços. É uma verdadeira disputa entre ideias, tendências e o interesse do cliente.

Desafios e oportunidades da economia da atenção para o Marketing Digital

Todo excesso esconde riscos, e isso também se aplica à economia da atenção. Como sua principal característica é a saturação de informações, o consumidor é impactado a todo momento. Vamos entender as consequências.

Dentro desse contexto, no Marketing Digital, um dos primeiros desafios está relacionado à ética e à privacidade dos dados pessoais, visando direcionar melhor as campanhas.

Isso traz a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em vigor desde setembro de 2020, como um alerta importante.

Além disso, a competição acirrada por atenção pode causar esgotamento e até desistência de compras, contratação de serviços, plataformas, etc. 

Cerca de 75% das pessoas reclamam do excesso de publicidade nas telas, o que levou 74% das compras a serem abandonadas em 2023, segundo a pesquisa The Empowered Consumer, realizada pela Accenture.

Ou seja, o que deveria ser positivo acaba sendo um “tiro no pé” e, ao invés de atrair, acaba afastando.

Por fim, essa disputa desenfreada por atenção pode resultar na produção de conteúdos rasos e pouco instigantes, onde a quantidade é priorizada em detrimento da qualidade. Além de alienar os consumidores, isso também gera prejuízos.

Mas será que não existe nada de positivo?

Claro que sim! A grande vantagem da economia da atenção está em saber construir campanhas direcionadas e personalizadas, utilizando a coleta de dados para aumentar a relevância para o público-alvo.

Trata-se de estar atento à jornada do consumidor, desde o primeiro clique até, por exemplo, um carrinho de compras abandonado. Ali, é possível obter insights valiosos. E nesse caso, quais estratégias acabam sendo eficientes? Veja a seguir! 


Mas antes, falando em concorrência acirrada, o Curso de Product Marketing da PM3 pode ser o impulso que você precisa para transformar seus lançamentos em um verdadeiro sucesso! 

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Estratégias de engajamento para sobressair na economia de atenção

Diante de tantas notícias sobre vazamento e uso indevido de dados, as empresas que respeitam a privacidade e mantêm a transparência conquistam a confiança dos consumidores.

Outro diferencial é elaborar conteúdos relevantes, que solucionem dúvidas e superem expectativas. 

Esses cuidados agregam valor, mas há outras boas estratégias que despertam interesse e são eficazes para lidar com a economia da atenção de forma inteligente. Acompanhe!

Saiba quem é a persona da sua marca

O primeiro passo é saber exatamente com quem você deseja se comunicar. Quem é a persona que irá consumir seu conteúdo, produto ou serviço? 

A persona direciona qual conteúdo é interessante, onde o público está, quais são suas dores, expectativas, características e hábitos de consumo.

Desenvolva conteúdos personalizados

Conteúdo superficial e pouco interativo vai desperdiçar seu orçamento! 

Na economia da atenção, os efeitos nem sempre serão negativos para o consumidor. Você pode usar os dados coletados para criar mensagens melhor direcionadas. 

Quanto mais relevante, interessante e criativo for o conteúdo, maior será o engajamento! Crie em quizzes, infográficos, e-books e incentive comentários, sugestões e compartilhamentos. Aproveite as oportunidades!

Aposte em marketing de valor e relevância

Conteúdo atrativo é aquele que resolve uma dor, incentiva e motiva o cliente. Ofereça soluções reais para problemas reais. 

Suponha que você venda softwares de gestão para imobiliárias, que atendem desde a distribuição de leads até o pós-venda.

De nada adianta ter um software completo, tecnológico e com preço justo, se o consumidor não souber usá-lo. 

O ideal é disponibilizar tutoriais e um canal de atendimento exclusivo. A intenção é facilitar a vida do usuário, não complicar. Foque na utilidade e simplicidade.

Relembre e siga à risca os princípios de EEAT (Experiência, Especialização, Autoridade, Confiabilidade) na criação dos seus conteúdos.

Invista em tecnologias para elevar o engajamento

A Inteligência Artificial (IA) veio para ficar e pode, sim, ser usada nas suas estratégias de engajamento no Marketing Digital, ajudando na compreensão do público-alvo.

A IA pode segmentar sua audiência com base em dados psicográficos, comportamentais e demográficos, criando perfis mais realistas.

Vale também usar o Machine Learning, ou “aprendizado de máquina”, que pode prever comportamentos futuros, antecipando preferências e necessidades.

Essas tecnologias permitem personalizar a experiência do usuário, redistribuindo conteúdos e ofertas de acordo com seu perfil, além de promover engajamento.

Aposte no storytelling

O segredo de um conteúdo encantador é criar uma conexão emocional que ressoe com as experiências e desejos da audiência. É aí que entra o storytelling, a arte de contar histórias de forma inesquecível e impactante.

O que seria apenas uma simples mensagem se transforma em uma experiência memorável. Veja exemplos como Coca-Cola, Nike e Apple.

A chave para sobreviver e se destacar na economia da atenção está em construir conteúdos que marquem o usuário e sejam úteis, além de respeitar a privacidade e o consentimento dos consumidores no uso de seus dados.

É também essencial estar aberto às adaptações decorrentes da mudança de comportamento dos consumidores e do surgimento de novas tecnologias. Nada é imutável.

E quando falamos de digital, lançamentos e conquista de preferências, investir no Curso de Product Marketing da PM3 – o primeiro curso de Product Marketing do Brasil – é uma excelente ideia.

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