Como criar e escalar um time de Produto
Equipe de conteúdo - PM3

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10 Perguntas e respostas em entrevistas para Analista de Dados

No dia 28 de julho, a PM3 recebeu Jordana Gonçalves (Head de Produto no Mercado Livre) para uma masterclass completa e ao vivo sobre liderança de times de Produto. Com uma experiência de 12 anos nesse mercado, Jordana lidera pessoas há 8 anos e assumiu o cargo de Head há 3 anos, encarando esse desafio em empresas como LATAM Airlines, PagSeguro e, atualmente, Mercado Livre.

Caso você não tenha conseguido acompanhar ou queira fixar melhor o conteúdo compartilhado por ela, preparamos um resumão com os principais pontos dessa aula incrível, na qual ela falou sobre como:

  • Montar uma estratégia de produto compatível com a estratégia da empresa;
  • Mapear perfis e competências para formar um time de Produto de sucesso;
  • Conduzir um processo seletivo para atrair pessoas diversas e adequadas às necessidades do seu time de Produto;
  • Engajar, avaliar e desenvolver pessoas de Produto.

Confira mais detalhes a seguir!

1. Integrando estratégia de produto e de negócio

Partindo da estratégia, Jordana destacou a importância de entender a estratégia do negócio em um primeiro momento. A orientação de uma empresa pode ser focada nas vendas, em projetos ou em produtos.

  • Vendas: foco na meta financeira;
  • Projetos: foco na entrega;
  • Produtos: foco no impacto no negócio (ou business outcomes).

Em seguida, entendendo que sua empresa realmente é orientada a produtos, o organograma vai ser bem característico. Isso porque você vai observar a presença da pessoa CPO (Chief Product Officer) logo abaixo do CEO na hierarquia. Essa função corresponde à primeira liderança de uma empresa focada em produtos.

Entendendo o impacto da estratégia de produto no negócio e construindo um organograma com profissionais que possam dar suporte a essa estratégia dentro da empresa, você será capaz de integrar muito melhor esses dois escopos.

2. Mapeando perfis e competências

Trazendo um pouco de base teórica, Jordana destacou as principais referências de representação gráfica de uma área de Produto, dos livros The Product Book e Product Leadership.

Em seguida, compartilhando a sua versão sobre essas perspectivas, ela apresentou 4 bases de competência para um profissional de Produto:

  • Negócio e estratégia;
  • UX e tecnologia;
  • Organização e comunicação;
  • Conhecimento de mercado.

Fazendo esse mapeamento, a liderança consegue estruturar as necessidades do time e as competências esperadas de um candidato no processo seletivo.

3. Conduzindo um processo seletivo

“Quando a gente fala de diversidade e inclusão a gente precisa ir atrás dessas pessoas, não basta a gente só ficar aqui e abrir a vaga no LinkedIn.”

– Jordana Gonçalves

Assim como Jordana reforçou, o processo de atrair pessoas para uma vaga é muito mais complexo do que simplesmente divulgar a oportunidade. Quanto mais estruturadas forem as etapas de seleção, maiores serão as chances de encontrar pessoas que realmente atendam às necessidades do time e do negócio, abrindo as portas também para um time multidisciplinar.

Considerando isso, um processo seletivo de Produto deve, idealmente, ter como base as seguintes etapas:

  1. Definição das vagas e canais de recrutamento;
  2. Triagem imparcial e inclusiva;
  3. Entrevista de fit cultural;
  4. Entrevista por competências;
  5. Case e entrevista técnica;
  6. Fit com o time;
  7. Proposta.
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4. Engajando, avaliando e desenvolvendo pessoas de Produto

Vencido o desafio de selecionar as pessoas certas, a liderança de Produto se vê diante de uma outra missão: manter esses profissionais no time. Isso porque as empresas estão disputando pessoas qualificadas e a gestão precisa saber lidar com isso também.

Quanto a isso, Jordana compartilhou alguns resultados obtidos de pesquisas que ela mesma conduziu em suas redes sociais. De acordo com o que ela encontrou, o que mais mantém as pessoas de Produto motivadas e engajadas são os seguintes fatores:

  1. Salário;
  2. Cargo;
  3. Desenvolvimento;
  4. Liderança;
  5. Cultura;
  6. Autonomia;
  7. Decisão.

Com base nesse ranking, podemos identificar que a ordem de importância está bem relacionada à senioridade

Ou seja, pessoas novas na área ou que estão migrando para Produto vão dar mais valor ao salário, ao nome do cargo e às oportunidades de desenvolvimento. Já para quem tem um nível mais pleno e está buscando novos desafios, as posições com mais responsabilidade e as características da cultura da empresa recebem uma atenção maior. Por fim, quem tem mais tempo de experiência, valoriza a autonomia e possibilidade de se envolver mais nas decisões do negócio.

Depois de definir bem as iniciativas que vão engajar os profissionais, é preciso estruturar também uma dinâmica de avaliação e desenvolvimento. Para isso, Jordana aponta 4 pilares importantes que devem ser considerados:

  • Metas organizacionais;
  • Objetivos do time;
  • Feedback de stakeholders;
  • Competências de Produto.

Esses pilares fazem parte do processo que ela própria executa dentro Mercado Livre. Focando mais em como avaliar as competências, ela compartilhou seu case na empresa, que se baseia na utilização de uma ferramenta para pontuar o desempenho profissional com base nos seguintes critérios:

  • Usuário no centro;
  • Estratégia e visão;
  • Influência;
  • Senso e execução de produto.

Pensando no contexto da empresa, ela explica que a criação dessa “forma” ajuda os times a identificarem a competência que precisa de mais atenção no quarter seguinte. Tudo isso é resultado de uma avaliação 360º e ciclos de feedback constantes, que conseguem direcionar o profissional para um perfil mais preciso, indicando qual caminho seguir para se desenvolver cada vez mais.

Concluindo

Montar um time de Produto alinhado com as necessidades do produto e do negócio não é uma tarefa simples. É preciso cuidar de diversos aspectos para obter bons resultados. Considerando todos os processos compartilhados, Jordana finaliza reforçando:

  • Não comece a montar um time sem antes conhecer a estratégia da empresa;
  • Mapeie os perfis específicos que seu time precisa;
  • Cuide bem do processo seletivo, acompanhe de perto e valide tudo;
  • Apoie seu time ativamente, contribuindo diretamente para o desenvolvimento de cada profissional.

Ficou com vontade de assistir a masterclass completa e conferir as explicações no detalhe? Então é só dar o play no vídeo a seguir:

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