Vídeo como produto: entenda como funciona na PM3
Camila Duarte

Camila Duarte

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Camila Duarte é editora de vídeos na PM3.

Aqui na PM3 um dos nossos valores é “nosso espeto é de ferro”. Isso significa que aplicamos as melhores práticas que ensinamos em nosso dia a dia. Mas como eu, editora de vídeos e leiga em Produto, passei a aplicar tais práticas no meu cotidiano? É o que quero compartilhar neste texto.

Mergulhando no universo de Produto

Meu conhecimento em Produto antes de iniciar minha jornada por aqui era tão raso que, se o filme Procurando Nemo se passasse nele, teria um minuto de duração. Brincadeiras à parte, como editora, era importante ter o contexto de Produto para que pudesse executar minha função da melhor forma possível, e foi essa a primeira barreira que tive que transpor.

Uma das vantagens de ser parte da escola referência em Produto no Brasil é que tive acesso a todos os conteúdos da PM3. Aos poucos, fui vivendo e absorvendo este universo e, em um curto período de tempo, palavras como “churn” e “discovery” já haviam entrado para o meu vocabulário.

Certo. Mas depois que se tem o conhecimento, como aplicá-lo? Aqui eu trouxe exemplos de duas situações em que pude fazer isso:

1. Aumentar o NPS de um dos nossos cursos

Sem entrar em muitos detalhes sobre números ou qual o curso em questão, uma das minhas missões ao entrar aqui foi a de ajudar a aumentar o Net Promoter Score (NPS) de um dos nossos produtos.

Isso provou ser um desafio duplo: de um lado eu tinha que editar e melhorar um vídeo que tratava de um assunto que eu ainda não dominava completamente. O outro, trabalhar com uma métrica (NPS) com a qual eu não havia tido contato anteriormente na minha carreira em audiovisual. 

O ponto de partida foi avaliar os vídeos individualmente. Dentro da nossa plataforma, é possível medir o engajamento médio de cada um. Melhor ainda, consigo ver exatamente em que ponto (com precisão de minutagem) o aluno está mais ou menos engajado. Da seguinte forma: 

vídeo como produto: gráfico

Neste gráfico, podemos ver que o engajamento sofre um declínio conforme se aproxima do final do vídeo. Em outros vídeos, ocorria uma variação não tão linear, nos quais foi possível identificar pontos mais críticos no meio do conteúdo.

Munida dessa informação, foi possível atacar diretamente os trechos em que precisávamos prender mais a atenção dos nossos alunos, seja com a utilização de slides em tela cheia, renovação dos slides, ou da inserção do próprio instrutor em full screen.

O resultado disso pôde ser visto nos números. O NPS subiu aproximadamente 16 pontos percentuais a partir das alterações – comparando o cenário antes e depois das reedições e não o cálculo geral. Claro que houve também outras ações realizadas em paralelo, e a melhoria nos vídeos foi apenas uma peça do quebra-cabeça para atingir este sucesso. Mas, ainda assim, foi gratificante ter contribuído para este resultado.

2. Realizar um discovery sobre o formato dos nossos vídeos

Novamente sem entrar em detalhes, quero relatar como foi minha experiência ao mesclar discovery e edição de vídeos.

Com o intuito de sempre proporcionar a melhor experiência para os nossos alunos, decidimos realizar um processo de discovery para reavaliar o formato dos nossos vídeos. O objetivo era identificar se eles estavam satisfazendo as necessidades do nosso público e, além disso, testar a aplicabilidade de novas abordagens.

Para isso, foi necessária a edição de um mesmo vídeo de três formas diferentes, para que eles então fossem apresentados a uma parcela de alunos que nos dariam um feedback qualitativo sobre aquilo que assistiram.

Como editora, foi muito interessante ter a oportunidade de criar três variações de um mesmo conteúdo e ver como uma mesma mensagem pode ser transmitida de formas diferentes. Além disso, tive a oportunidade única de participar de uma das entrevistas qualitativas e ver de perto como foi a experiência do aluno.

O conhecimento que adquiri no curso de Product Discovery foi essencial para que eu tirasse o melhor proveito desse momento e das conversas posteriores com o time de Produto. Saber a diferença entre os tipos de pesquisa, o valor de cada uma, as melhores técnicas de condução de entrevista e como analisar resultados foram ferramentas importantíssimas para que eu fosse parte da discussão, e não apenas espectadora.

Ao final, foi possível observar que nenhum formato é necessariamente melhor que o outro, mas que cada um apresenta vantagens e desvantagens. As edições foram importantes para decidirmos por uma utilização “caso a caso” de cada formato.

É possível mesclar edição de vídeo e as melhores práticas de produto?

Nestes sete meses de PM3, posso dizer que sim. Aprendi a tratar o vídeo como um Produto, seja fazendo melhorias baseadas em engajamento e NPS, ou ainda, moldando nosso formato com base em um Discovery. O impacto pôde ser observado nos números, com o aumento de 10 pontos percentuais no engajamento e 16 pontos percentuais no NPS.

No futuro, espero continuar demonstrando que nosso espeto é sim, de ferro, e aplicar as melhores práticas para proporcionar uma experiência cada vez melhor para nossos alunos e alunas.

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