O processo de transição de carreira pode ser um desafio repleto de inseguranças e incertezas, ainda mais quando se trata de ingressar em uma nova área. Desse modo, alunos da comunidade PM3 participaram do 4º grupo de estudos voltado para processos seletivos em produtos e resolveram um case de produto em tempo recorde. Neste artigo, os alunos Beatriz Rossoni, Fabiana Cabral e Mathews Souchois trazem aprendizados e desafios na resolução do case. Confira!
PMED: resolvendo um case de produto
Com um objetivo em mente – resolver um case fictício de expansão da telemedicina para a empresa PMED – unimos nossas habilidades e conhecimentos para criar um case de sucesso em tempo recorde.
Composto por membros diversos, nosso grupo era formado por Mathews, empreendedor, Beatriz, especialista em Marketing, e Fabiana, com vasto conhecimento na área de educação. Assim, em uma semana intensa de trabalho, enfrentamos o desafio de desenvolver um plano estratégico e definir diretrizes para o sucesso da PMED.
Nossa jornada foi dividida em etapas-chave:
Etapa 1: Definição do panorama inicial
Primeiramente, nós nos deparamos com o desafio de adotar a telemedicina como solução para enfrentar os desafios impostos pela pandemia. A fim de compreender melhor as necessidades do negócio, formulamos questões cruciais:
- Qual o modelo de negócio da PMED?
- A telemedicina é uma estratégia adotada atualmente pela empresa?
- Qual o objetivo dessa iniciativa?
- Quais são as necessidades e desafios atuais da PMED em relação à telemedicina?
- Como podemos expandir o recurso de telemedicina da PMED?
Reconhecendo a importância da telemedicina durante a pandemia, a PMED vislumbrou a oportunidade de oferecer consultas remotas como uma alternativa segura e conveniente para seus pacientes.
Com o objetivo de eliminar barreiras geográficas e oferecer atendimento de qualidade para um público que antes tinha acesso limitado aos serviços de saúde, a empresa visava expandir sua atuação no mundo digital, abraçando as novas tendências do mercado.
Etapa 2: Definição do público-alvo
- A fim de direcionar nossos esforços e atender aos objetivos do negócio, analisamos a base de usuários da PMED:
- Quem são os principais usuários da PMED? Com que frequência buscam atendimento médico?
- Qual a realidade desse público com relação aos serviços de saúde? Por exemplo, é comum que esse público já tenha algum convênio médico?
- Quais segmentos da população podem se beneficiar mais da expansão da telemedicina?
Como resposta a essas perguntas, identificamos que o maior público era composto por idosos. Além disso, dados do IBGE revelaram que o número de idosos no Brasil estava em crescimento, o que tornava esse segmento ainda mais relevante para o desenvolvimento da telemedicina.
A partir dessa análise, definimos o público-alvo da expansão como o grupo de idosos, que apresenta um crescente interesse em soluções de saúde e bem-estar.
Etapa 3: Pesquisa de mercado
Para embasar nossas decisões, conduzimos uma pesquisa de mercado detalhada, mapeando os concorrentes da PMED no mercado de telemedicina e identificando suas forças e fraquezas. Isso nos permitiu obter insights valiosos para o desenvolvimento do produto, bem como entender as tendências do mercado.
Etapa 4: Visão e estratégia do produto
Em seguida, com base na pesquisa realizada, desenvolvemos uma visão clara do produto e identificamos seu diferencial. Nesse momento, nos questionamos:
- O que nosso produto faz e não faz?
- Como ele se alinha à estratégia da PMED?
- Como podemos diferenciar o produto e atender às necessidades do público-alvo?
- Quais funcionalidades essenciais devem ser incluídas no produto?
- Nosso público-alvo adotaria essas funcionalidades? Se sim, por quê?
- Quais os riscos para desenvolver e lançar essas funcionalidades?
- Quais são os objetivos que queremos atingir com o produto?
Definimos uma abordagem multiplataforma, adaptada às necessidades do público idoso, e criamos um modelo de assinatura com consultas inclusas e monitoramento remoto de pacientes crônicos.
Etapa 5: Oportunidades e Roadmap do produto
Em seguida, partindo da visão do produto, definimos os objetivos do MVP (Minimum Viable Product), métricas mensuráveis e uma árvore de oportunidades com funcionalidades a serem incluídas. A priorização dos experimentos baseou-se em todo o levantamento feito nas etapas anteriores, utilizando o ICE Score como framework para nos apoiar.
Através desse processo, estabelecemos um roadmap para o desenvolvimento do produto, que foi apresentado a uma banca e às facilitadoras responsáveis por organizar e realizar a 4ª edição desse grupo de estudo. Recebemos feedbacks valiosos da Helenize Gualberto, Iona Chaves, Karla Mendes e Mariana Pieslak.
Conclusão
Em suma, ao longo desse case, aprendemos a tomar decisões embasadas em dados, justificar nossas escolhas aos stakeholders, ouvir os usuários por meio de entrevistas e permitir espaço para experimentação no roadmap. Além disso, destacamos a importância de alinhar as iniciativas de desenvolvimento com os objetivos da empresa e garantir a segurança dos dados dos usuários.
Portanto, esse case mostrou como a expansão da telemedicina pode ser uma oportunidade de crescimento para empresas do setor de saúde e como um time de produto pode potencializar esse processo.
Para uma visão completa e detalhada de todo o processo, convidamos você a visitar nossa documentação no Notion, onde disponibilizamos todas as informações em um artigo completo.
Por fim, agradecemos a todos os participantes do grupo de estudos e à PM3 por essa oportunidade de aprendizado e desenvolvimento. Com dedicação e sinergia, construímos um case de sucesso em processos seletivos para produtos que nos inspira a continuar crescendo e enfrentando novos desafios no campo da inovação em saúde.