Dicas de liderança para times de Produto e Tecnologia
Equipe de conteúdo - PM3

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10 minutos de leitura

No dia 24 de setembro, a PM3 marcou presença como patrocinadora no evento DevLeaders Conference, o maior evento de Tecnologia para lideranças. Promovido pela Alura, as duas trilhas de conteúdo da conferência reuniram palestras voltadas para lideranças técnicas e também para gestão e desenvolvimento de pessoas.

Quem passou por lá, teve a chance de visitar o nosso stand, girar a nossa roleta de Produto e ganhar brindes incríveis! Isso, é claro, além de acompanhar os cases e aprendizados que foram compartilhados pelos palestrantes. 

Nós selecionamos algumas das principais dicas de liderança para times de Produto e Tecnologia que rolaram por lá – as quais você pode conferir a seguir! 

Importância da diversidade nas equipes de Tecnologia

Em sua palestra “Não confunda diploma com vivência e visão”, Digo Ribeiro (Head de Tecnologia na Vizi) trouxe como principal questão a necessidade de diversidade dentro das equipes de Tecnologia.

“A gente acha que em tecnologia tudo é diploma, que é muito importante, mas esquecemos do fator humano que é a vivência. Cada um tem sua experiência que pode cada vez mais acrescentar no que temos a construir.”

– Digo Ribeiro

De acordo com ele, a comunicação é um fator muito importante a ser desenvolvido dentro dessas equipes e que precisa receber atenção das lideranças e de Product Managers. Por falta dela e pela dificuldade de aproveitar o contexto individual de cada um, a área de Tecnologia tem sofrido bastante com problemas, como é o caso do “apagão tecnológico”. 

Digo explicou que essa situação é um reflexo de profissionais que se sentem esgotados, desvalorizados, desestimulados e pouco desafiados. As pessoas estão buscando lideranças inspiradoras e dispostas a ouvir, não profissionais seniores que só querem ver a execução, mas que não estão dispostos a formar talentos. 

Ao longo de sua apresentação, ele ainda compartilhou diversos dados muito importantes sobre o cenário, como:

  • 73% das pessoas que trabalham com tecnologia estão se sentindo esgotadas;
  • As empresas que praticam diversidade e inclusão tem 21% de aumento nos lucros;
  • Há uma expectativa de que sejam formados 420 mil novos profissionais de TI até 2024.

Diante de um mercado tão promissor e com uma demanda tão grande, as lideranças têm um papel fundamental no desenvolvimento das equipes. Para combater essas dificuldades, é preciso que líderes trabalhem o autoconhecimento, o feedback saudável e a construção de relacionamentos profissionais pautados no cuidado. 

“Acredite que as pessoas contratadas têm a capacidade de tomar as decisões.”

– Digo Ribeiro

Principais dicas de liderança para times de Produto e Tecnologia que podemos tirar da palestra:

  • Valorização é chave: ofereça remuneração compatível com habilidade e o mercado, valorize a qualidade de vida, seja transparente e honesto;
  • Para envolver mais as pessoas, peça a opinião delas, incentive, trabalhe a autoestima e saiba cobrar com transparência;
  • feedback ( todo dia, se for possível, especialmente se for alguém júnior) traga sua visão e tenha bom relacionamento com o máximo de pessoas que for possível;
  • Seja político, saiba vender sua ideia e reconheça as pessoas;
  • Para ser uma liderança inspiradora, valorize o diferente – isso pode ser tudo.

Desenvolvendo pessoas além de softwares

Em sua palestra “De desenvolvimento de software para desenvolvimento de pessoas”, Carol Santos (Tech Lead na Alura) falou sobre os desafios de uma transição de liderança tech que precisa assumir também a gestão de pessoas.

Apesar de ser líder há pouco tempo, ela já se desenvolveu bastante em sua liderança. Em sua apresentação, ela trouxe 10 dicas que aprendeu durante esse período – com destaque para soft skills, que aparentemente representam um desafio significativo para profissionais da área. São elas:

1. Suas entregas não são mais só suas: a partir do momento que você não está apenas codando e também cuidando da equipe, você sente que não está trabalhando. Esse sentimento pode ser comum, mas você precisa entender que a entrega do João, da Maria, do Lucas, todas foram viabilizadas por você, com seu suporte para orientar;

2. Desenvolva sua inteligência emocional: continue estudando e agora foque nas suas soft skills;

3. Não enrole para dar feedback construtivo: você está atrasando o desenvolvimento das pessoas. Da mesma forma, demissão não deve ser surpresa pra ninguém – às vezes é melhor ser direto ao invés de dar vários feedback ineficientes;

4. Fique de olho, mas evite o microgerenciamento: sem autonomia, a iniciativa desestimula, destrói a criatividade, faz com que o time não busque ajuda uns nos outros e acarreta o Burnout. Confiança é algo que se constrói e é perceptível;

5. Aprenda a confiar: você não é mais a pessoa que vai resolver todos os pepinos. É hora de deixar outras pessoas se desenvolverem e brilharem, por elas e por você;

6. Aprenda diariamente e não entre em isolamento: a gente precisa estudar constantemente para aprender a lidar com as pessoas. Em alguns casos você não vai encontrar nos livros e vai precisar aprender a perguntar pros seus liderados e líderes. Converse com pessoas (até de outras carreiras) para saber o que elas fariam naquela situação, busque um mentor ou mentora;

7. Seja exemplo: é impossível cobrar um comportamento que você não tem;

8. Não deixe subir à cabeça: seu trabalho é viabilizar e incentivar o trabalho dos seus liderados, facilite a vida deles;

9. Se acalme e tenha paciência: o objetivo é você ser melhor do que o dia anterior;

10. Líderes criam líderes: seja a inspiração para a próxima geração.

Times multidisciplinares para resultados incríveis

Talita Paschoini liderou a palestra “‘Lições do asfalto’ em liderança multidisciplinar para resultados escaláveis e com forte impacto no negócio”. Diretora de Tecnologia na luizalabs, ela trouxe um benchmark da empresa, mostrando que por lá os times trabalham em conjunto (devs, UX, Produto) para potencializar os resultados.

Ela também pontuou sobre o formato de melhorias considerando o Genba – um termo de origem japonesa e que significa “o lugar real”. Várias empresas utilizam esse tipo de cultura, que na prática significa que até mesmo as lideranças vão para as fábricas para entender como funciona todo o processo de venda, infraestrutura e logística, por exemplo.

Ficou claro que luizalabs é uma referência para desenvolvedores – não só pelo número de vendas por dia, mas pela infraestrutura de segurança que existe na logística e pelo número de pessoas envolvidas nos times de Tecnologia.

Algumas das principais práticas que ela compartilhou:

  • Não existe na luizalabs um desencontro entre times de Desenvolvimento e Infraestrutura;
  • Os times de UX, DevOps e Produto trabalham juntos, pois constroem juntos;
  • Existem lideranças técnicas que ajudam na liderança situacional (pessoas que não são “people leaders”, mas que acabam assumindo esse papel em situações específicas);
  • O time vai à campo para conhecer sobre o negócio, usando o Genba;
  • Os times sempre olham para fora e fazem benchmark para continuarem melhorando;
  • As equipes utilizam um modelo de gestão simples;
  • Existem algumas linguagens de programação que foram escolhidas para facilitar a troca e tornar os processos mais simples e enxutos, mas todos sabem que isso não é escrito em pedra;
  • Eles sabem que existem aplicações que podem e devem morrer por não fazerem mais sentido;
  • Não adianta ter API se elas só servirem para a aplicação raiz, elas precisam habilitar o ecossistema e a plataforma a partir do design de dados para gerar consistência; 
  • A empresa conta com a construção de uma equipe de Tecnologia robusta e uma cultura digital perene;
  • Existe um efeito de rede para crescimento do negócio e das pessoas, e o esforço em tecnologia impacta diretamente em como a empresa é percebida.

Unindo criatividade e inovação

Angelica Vasconcelos é Chief Revenue Officer na Cliqx e, em sua palestra “Liderando times criativos e inovadores”, ela compartilhou aspectos da sua jornada de intraempreendedorismo, relacionando as tecnologias disruptivas às mudanças de carreira no mercado. 

Ela explicou conceitos como mundo VUCA e BANI, mostrando a evolução do perfil profissional dentro das empresas e fazendo uma conexão com os pilares da governança corporativa.

Para ajudar lideranças que atuam em um contexto tão complexo, ela compartilhou alguns de seus aprendizados:

  • Temos que nos posicionar como intraempreendedores dentro das empresas;
  • Não existe mudança e inovação dentro de qualquer ambiente se não olharmos para as tecnologias disruptivas;
  • Precisamos olhar para tecnologias que estão mudando o mercado, com uma visão empreendedora sobre tudo aquilo que consumimos;
  • Dentro do metaverso a gente vai ter o poder de mudar o ecossistema da tecnologia “play to earn” do ponto de vista da nova economia. As pessoas não vão mais trabalhar para consumir, e sim pagar para consumir algo pontualmente (como um serviço de aluguel, mas para qualquer serviço);
  • As lideranças precisam de criatividade;
  • Diversidade e inclusão são mais do que necessárias em uma empresa. A rentabilidade das empresas sem diversidade é baixa – se apenas um tipo de pessoa constrói um produto, a chance dele ser enviesado é gigante.

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