Toda empresa precisa ter Product Operations?
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No oitavo episódio do Mesa de Produto, primeiro programa do PM3 Talks – podcast da PM3 – Marcell Almeida (CEO e cofundador da PM3) lidera uma conversa sobre Product Operations.

Para falar mais sobre o tema, temos Eduardo Magalhães (Head de Product Operations na RD Station) e Guilherme Campbell (Lead Product Manager no Nubank) como convidados. Quer saber o que rolou?

Selecionamos neste post alguns trechos da conversa, mas você pode ouvir o episódio completo pelo player a seguir:

Como é Product Operations na RD Station e no Nubank?

Para começar a conversa, Eduardo e Guilherme compartilham um pouco de como é Product Operations no contexto de suas respectivas empresas hoje.

No caso de Eduardo, ele comenta que, com o crescimento da empresa, os processos de governança e os indicadores de produto começaram a ficar mais complexos na RD Station. Considerando que a empresa tem cases de sucesso com outros times de operações em áreas de Customer Success e Vendas, por exemplo, a ideia de ter um time de operações em Produto sempre esteve no ar. Por ter um perfil analítico e comunicativo, ele acabou assumindo essa responsabilidade, conversando com muitas pessoas e estudando bastante para entender quais seriam as melhores práticas para aplicar a partir de então.

Já Guilherme explica que o Nubank sempre teve uma equipe de Product Ops, ainda que, até pouco tempo, ela não tivesse esse nome. Sua função era garantir uma boa performance, por meio de uma boa organização das pessoas e processos, considerando o apoio de pessoas com muita experiência de mercado. Sendo assim, ele aponta que talvez o modelo que a empresa segue hoje não seja a definição ideal de Product Operations, mas reforça que é algo que funcionou para a empresa e por isso é tão importante olhar para as dores do negócio para implementar uma nova área.

Como começar Product Operations?

Quando ao processo de começar a estruturar Product Ops na empresa, ambos os convidados reforçam que olhar para as dores dos times é o primeiro passo e mais importante (mais importante até do que o próprio benchmarking).

“Eu vejo Product Ops como dois possíveis blocos aqui. Um é escalar a área de Produto com ferramentas e insights, e o outro é tentar quebrar o escopo de Product Manager em duas áreas diferentes.”

– Guilherme Campbell

Eduardo também complementa que, no caso da RD Station, por exemplo, havia uma dificuldade muito grande em relação à comunicação. Os times não se entendiam e os impactos de cada iniciativa também não eram compartilhados corretamente. Com Product Ops toda a comunicação estratégica ficou mais clara quanto ao momento de crescimento da empresa e saúde desse processo.

As responsabilidades de Product Ops não poderiam ser da liderança?

Trazendo para a conversa uma dúvida que pode ser muito comum para quem ainda não sabe muito sobre Product Ops, Marcell questiona se realmente há a necessidade de criar uma nova área sendo que as decisões relacionadas à performance e processos estão sempre muito ligadas às lideranças.

Nesse ponto, Guilherme explica que, de fato, as lideranças têm uma responsabilidade um tanto quanto similar. A diferença é que Product Ops olha muito para o micro do dia a dia, coisa que as lideranças já não vão fazer – como, por exemplo, encontrar a melhor ferramenta para as necessidades do time em meio a diversas opções.

“A nossa missão é tornar o time (incluindo lideranças) produtivo, eficiente e eficaz. A gente trabalha muito juntos e eu não saberia dizer qual é a linha que divide executivos e Product Ops. Mas um benefício importante que a área trouxe foi o de entender o impacto gerado por cada investimento.”

– Eduardo Magalhães

Qual o momento certo para criar uma área de Product Operations na empresa?

De acordo com Guilherme, é importante observar alguns indicativos que podem funcionar como sinais de que há um problema operacional, como: muitos times em Produto e muitas diferenças na forma como cada um executa as tarefas. Ele aconselha levantar os pontos fortes e fracos do time, algo que pode ser mais difícil em uma empresa maior. Nesses casos, Product Operations pode apoiar no nivelamento de conhecimento.

Eduardo concorda que, indepentendemente do tamanho da empresa, a perda de visibilidade quanto aos processos é um sinal muito forte de que é preciso reorganizar as coisas.

“A evidência de que era importante trabalhar com Product Ops acho que foi quando a governança dos processos e o impacto do produto no negócio começou a se perder. A gente (na RD) começou a perder a visibilidade das coisas.”

– Eduardo Magalhães

Assista ao episódio completo

E você, o que pensa sobre a área de Product Operations? Para conferir todos os comentários de forma muito mais aprofundada, você também pode assistir o vídeo com a conversa na íntegra. Basta dar play no vídeo:

Minutagem com o conteúdo do vídeo para facilitar sua vida 😉

  • 00:00 – Introdução
  • 02:10 – Como é o Product Operations na RD Station
  • 10:52 – Como é o Product Operations no Nubank
  • 14:33 – Newsletter Melissa Perri
  • 15:53 – Product Ops para escalar área de Produto e o escopo de PM
  • 19:58 – Por que preciso cria uma área nova, contratar outro head, montar outro time, e se o líder deveria fazer isso?
  • 24:22 – Qual o momento a empresa deve criar a área de Product Operations?
  • 34:19 – Como evitar a “preguiça” com time específicos para cada função.
  • 38:56 – Como lidar com os conflitos na hora de abordar os times
  • 41:24 – O time de agilidade está melhorando a performance de quem?
  • 44:27 – Como você mede o sucesso da área de Product Operations
  • 48:00 – Product Operations fica embaixo de quem?
  • 50:27 – Quais das funções do dia a dia que a gente acaba fazendo em Produto quando empresa pequena, e que faz sentido colocar em uma área de Product Ops?
  • 56:56 – Como são as trilhas de enablement na RD Station
  • 59:47 – Encerramento

Links úteis do espisódio

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