A prototipação é uma estratégia muito importante no desenvolvimento de um produto ou solução digital. Esse processo permite verificar se uma ideia pode ser validada como solução para um grupo de usuários já em seu estágio inicial.
Prototipar oferece diversas vantagens na criação de um produto, além de ajudar a esclarecer dúvidas sobre a solução em desenvolvimento e entender o que precisa e deve ser considerado na versão completa do produto.
Quer entender melhor o processo e suas etapas? Acompanhe a leitura deste artigo e entenda o que é prototipação, seus benefícios em um projeto, os tipos de protótipos, as etapas do processo e aplicações. Além disso, confira também dicas como criar um protótipo!
O que é prototipação?
A prototipação é um processo de visualização de um produto ou solução digital, que cria modelos de teste para refinar conceitos e definir prioridades antes da implementação de uma solução.
Em outras palavras, um protótipo é uma amostra ou versão menos completa e mais barata de um produto ou sistema, que serve como modelo de teste para verificar e ajustar aspectos importantes do produto antes mesmo de criar a versão final dele.
A partir de um protótipo, é possível:
- Perceber as funcionalidades do sistema;
- Entender como é a experiência do usuário com o produto;
- Validar uma ideia economizando tempo e recursos, etc.
Com isso, a prototipação possibilita entender o que melhorar antes de implementar uma versão final do produto ou solução.
Vantagens da prototipação
Criar protótipos é essencial e promove diversos benefícios no desenvolvimento e implementação de um sistema. Confira a seguir, algumas vantagens desse processo!
Redução de custos e tempo
Desenvolver um protótipo ajuda a reduzir os custos e o tempo investido no projeto, uma vez que auxilia no processo de validação de uma ideia, entendendo se ela deve ou não ser implementada em uma versão final.
Coleta de feedback de usuários
Ao criar uma amostra simplificada de uma solução, será possível entender como o usuário (nesta fase, muitas vezes é uma pessoa que faz parte do time) interage com as funcionalidades do produto ou sistema.
A partir disso, pode-se coletar feedback para entender o que fazer e como aprimorar o produto, implementando essas mudanças na próxima iteração da solução.
Antecipação de problemas
A prototipação também auxilia na antecipação de problemas relacionados à ideia sendo validada.
Um protótipo permite testar a solução e identificar precocemente os problemas que ela apresenta, antes de partir para o desenvolvimento da versão final.
Alinhamento da comunicação
Outra grande vantagem de prototipar é a possibilidade de alinhar a comunicação sobre o conceito do produto com o time de desenvolvimento e os stakeholders do projeto.
Criar um protótipo promove uma clareza geral sobre a ideia, garantindo que cada parte envolvida esteja ciente sobre seu papel no desenvolvimento desta solução.
Tipos de protótipo
Os modelos visuais e funcionais de um produto, ou protótipos, se resumem aos seguintes tipos:
Protótipos de baixa fidelidade
Um protótipo de baixa fidelidade é um modelo de testes ainda muito primitivo. Normalmente, é usado para apresentar o estágio inicial do design do produto, delineando as funcionalidades, mas sem aprofundá-las.
Por ser um modelo de testes mais básico, onde o foco não é necessariamente na experiência do usuário ou no aprofundamento das funcionalidades do produto, esse tipo de modelo é mais barato e leva menos tempo para ser produzido.
Geralmente são feitos à mão através de desenhos e são facilmente descartáveis, uma vez que ainda estão distantes da versão final do produto.
Um protótipo de baixa fidelidade explora aspectos referentes ao layout e design inicial, estrutura geral, nomenclaturas, descrições, etc.
Protótipos de média fidelidade
Já os protótipos de média fidelidade consistem em um meio termo entre os de baixa e alta fidelidade.
Esse tipo de modelo de testes é mais elaborado do que uma amostra de baixa fidelidade, mas ainda não possui tantos detalhes que remetem à interface final do produto.
Além disso, geralmente não possibilita a interatividade com o sistema e nem a validação da experiência do usuário, sendo mais restrito do que um protótipo de alta fidelidade.
Um protótipo de média fidelidade requer mais habilidades e recursos para ser desenvolvido, como o uso de ferramentas de design como o Sketch, Figma e Adobe XD. Ainda, é uma boa opção para validar aspectos relacionados à interface, testar fluxos, analisar fatores técnicos, etc.
Protótipos de alta fidelidade
Um protótipo de alta fidelidade, como o nome sugere, é um modelo de testes que busca representar ao máximo a interface final do sistema.
Esse tipo de protótipo é mais custoso, leva mais tempo para ser criado, além de requerer um time de profissionais e ferramentas de desenvolvimento para produzi-lo, como Figma, Adobe XD, InVision, Principle, etc.
Um protótipo de alta fidelidade permite realizar testes de usabilidade e interatividade com a interface e coletar feedback de experiência do usuário, uma vez que é um modelo muito próximo da versão final.
Além disso, possuem mais riqueza de detalhes tanto técnicos quanto de design e texto, possibilitando a validação desses aspectos e testes de fluxos e tarefas mais profundos.
As etapas da prototipação
O processo de prototipação tem algumas etapas importantes a serem seguidas para que o protótipo alcance seu objetivo.
Confira a seguir mais detalhes sobre cada uma delas!
Identificação de problemas
O primeiro passo para criar um protótipo é identificar as necessidades que serão resolvidas nesse processo. Isso envolve pensar nas demandas do usuário e em quais problemas eles enfrentam, além de como a solução poderá resolvê-los.
Assim, ter clareza desses fatores é crucial para garantir que o protótipo cumpra sua função no processo de desenvolvimento da solução.
Escolher o tipo de prototipação
A próxima etapa é focada em escolher o tipo de prototipação que será realizada. A identificação das necessidades é fundamental para entender qual tipo de protótipo é ideal para esse momento do projeto.
Por exemplo, se o desenvolvimento do produto ainda está no início e precisa-se ter uma noção mais primitiva, rápida e econômica de como seriam as funcionalidades do sistema, um protótipo mais simples, de baixa fidelidade, pode ser o ideal.
Já se o projeto está em uma etapa mais avançada, que requer testes aprofundados com o produto e um investimento financeiro e de tempo maior, talvez um protótipo de alta fidelidade ajude a validar a solução de forma mais precisa.
Assim, escolher o tipo de prototipação é essencial para que os investimentos em protótipos sejam eficientes no processo de desenvolvimento do produto.
Criação do protótipo
Após definir o tipo de protótipo, a próxima etapa é a criação do modelo de testes, considerando os problemas definidos anteriormente e focando nas necessidades a serem resolvidas.
Coleta de feedback do usuário
A fase de coleta de feedback pode ser realizada por pessoas do time responsáveis por testar o produto ou sistema. Essa etapa é fundamental para aplicar testes de usabilidade e entender como operam as funcionalidades do produto.
Refinamento do conceito
Assim, depois de testar a solução, o protótipo serviu seu propósito e o time poderá focar no refinamento do conceito a partir das descobertas feitas com o processo de prototipação.
Aqui, cabe destacar elementos como:
- O que funciona na solução?
- O que precisa ser melhorado no produto?
- Como foi a experiência do usuário?
- Que outros problemas (se houver) foram identificados?
O refinamento do protótipo permite ajustar os problemas e utilizá-lo para testar novamente a solução até que, finalmente, seja possível partir para a próxima etapa.
Implementação
A princípio, o objetivo de um protótipo é justamente servir como teste antes de desenvolver a versão final de um produto.
Assim, uma vez que o time e os stakeholders estejam satisfeitos com o protótipo, será possível partir para a etapa de implementação na versão completa da solução.
Por fim, é muito importante que o protótipo resolva as necessidades previamente identificadas e alcance os resultados esperados antes de realmente partir para a criação do produto final.
Aplicações da prototipação
A prototipação não está presente não só no campo de desenvolvimento de produtos digitais, como em outros vários campos de atuação e indústrias. Afinal, esse tipo de estratégia pode ajudar significativamente na validação de ideias de forma geral.
Algumas aplicações da prototipação, tanto em metodologias, quanto em segmentos do mercado, são:
- Design Thinking;
- Design UX/UI;
- Sprints;
- Pesquisa e Desenvolvimento;
- Robótica e Engenharia;
- Design Gráfico e Publicidade, etc.
Como criar um protótipo: ferramentas de prototipação
Existem muitas ferramentas que ajudam no processo de desenvolvimento de um protótipo.
No contexto de produtos digitais, utiliza-se diversas ferramentas de design UX/UI, criação de mockups, desenvolvimento web, wireframes, entre outras, que ajudam a criar protótipos baseados nas necessidades do projeto.
Cada ferramenta tem suas funções, mas no geral, aqui estão as mais utilizadas na criação de protótipos:
- Figma;
- Adobe XD;
- Sketch;
- InVision;
- Photoshop;
- Balsamiq Mockups;
- Webflow;
- Axure RP;
- Proto.io;
- Ninja Mock,
- Principle,
- Framer, etc.
Conclusão
Em conclusão, a prototipação é um processo de criação de modelos visuais para testes e validação de conceitos dentro do desenvolvimento de um produto.
Se você chegou até aqui, já deve ter entendido como essa estratégia pode beneficiar e auxiliar a criação de uma solução, ao identificar aspectos a serem melhorados no produto, validar ideias e economizar tempo e recursos da empresa.
Dessa forma, se seu projeto ainda não considerou a prototipação como estratégia, esse é um bom momento para pensar e discutir isso com seu time!
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