Estratégia do Oceano Azul: conheça e conquiste novos mercados
Equipe de conteúdo - PM3

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7 minutos de leitura

A estratégia do Oceano Azul é uma tática de negócios bastante vantajosa para as empresas inovadoras e startups. Esse é um conceito importante que pode ser aplicado tanto às estratégias da organização de forma geral, como a aspectos específicos da estratégia de produto, como posicionamento e precificação

Pensando nisso, aqui neste artigo você vai entender melhor o que é a estratégia do Oceano Azul e como se diferencia do chamado Oceano Vermelho. Além disso, vai conferir também como essa estratégia surgiu, como funciona, quais as suas principais características e como implementá-la. Vamos lá?

O que é Oceano Azul e Oceano Vermelho

Oceano Azul e Oceano Vermelho são metáforas bastante conhecidas dos empreendedores e que se popularizaram no início dos anos 2000. O Oceano Azul é o conceito utilizado para caracterizar as vastas oportunidades de mercado livres de concorrência para as empresas que se propuserem a explorá-las. Essa estratégia está baseada em 8 fundamentos, que vamos ver ao longo do artigo. 

Além disso, não necessariamente o Oceano Azul está ligado à criação de um produto ou serviço totalmente inovador ou que até então não existia no mercado. Ele pode estar relacionado ao posicionamento da empresa no mercado ou à conquista de um novo público-alvo, por exemplo. O princípio é que a exploração do desconhecido torna a concorrência irrelevante.

A ideia de Oceano Azul se opõe ao conceito de Oceano Vermelho, que caracteriza um mercado predatório, altamente competitivo e difícil de se destacar. Assim, as empresas que navegam no Oceano Vermelho têm mais dificuldades para encontrar um diferencial competitivo, porque o mercado está mais saturado, com negócios consolidados e que buscam se expandir constantemente, adquirindo outras empresas para superar a concorrência. Nesse tipo de mercado, qualquer inovação é absorvida muito rapidamente, deixando de ser um diferencial, o que prejudica o ganho das empresas.

Para quem está começando no mercado, o ideal é se afastar do Oceano Vermelho e se dedicar às oportunidades do Oceano Azul. 

Como surgiu a estratégia do Oceano Azul

A estratégia do Oceano Azul foi desenvolvida pelos pesquisadores e professores do INSEAD, W. Chan Kim e Renée Mauborgne e publicada no livro Blue Ocean Strategy (A Estratégia do Oceano Azul), em 2005. 

Essa metodologia passou a ser adota por diversas empresas de tecnologia e startups que buscavam oportunidades de se inserir no mercado, mas não contavam com os mesmos recursos das grandes corporações.

Como funciona a estratégia 

Como dissemos, a estratégia do Oceano Azul está baseada em 8 fundamentos:

  1. Basear a estratégia em dados: as informações devem servir para a tomada de decisão das empresas sobre quais mercados explorar e onde há oportunidades de inovação. Para isso, é possível utilizar pesquisas e ferramentas de inteligência de mercado e análise de concorrência;
  2. Buscar diferenciação e baixo custo: mercados altamente competitivos demandam altos custos das empresas na busca por diferenciação. Mas organizações que atuam no Oceano Azul conseguem aliar diferenciação e baixo custo em suas estratégias, já que a concorrência é baixa ou inexistente;
  3. Ampliar suas fronteiras e explorar mercados desconhecidos: um dos princípios do Oceano Azul é explorar o desconhecido e, para isso, as empresas devem expandir o seu olhar para encontrar oportunidades de inovação. Isso envolve olhar para novos públicos, segmentos e oportunidades de diferenciação do serviço oferecido e do valor gerado para os clientes;
  4. Utilizar ferramentas de gestão para encontrar oportunidades: frameworks e ferramentas estratégicas devem ser utilizadas sempre que necessário para trazer mais clareza e aumentar a precisão das análises nas empresas para melhores tomadas de decisão;
  5. Focar na estratégia da empresa: engajar a equipe em um foco aumenta as chances de colher resultados consistentes e de encontrar oportunidades no Oceano Azul;
  6. Ampliar as oportunidades e mitigar riscos: a ideia aqui é fazer perguntas para entender a viabilidade do projeto e testar estratégias que permitam criar um valor inovador para o mercado, reduzindo o risco que essa iniciativa tem para as empresas;
  7. Revisar e remodelar as estratégias: para trazerem inovação para o mercado, as empresas devem testar e repetir modelos estratégicos, criando um ambiente de aprendizado constante na empresa e de ação rápida;
  8. Criar situações ganha-ganha: a ideia do Oceano Azul não é apenas criar um contexto favorável para as empresas, mas também gerar valor e promover melhorias para os consumidores e para os funcionários.

Características e benefícios do Oceano Azul

Como uma das fortes características do Oceano Azul é a redução da concorrência, as empresas conseguem investir no desenvolvimento do valor do produto, aumentando seus ganhos. A ausência de concorrentes também permite que as empresas cobrem mais por seus serviços ou produtos únicos, o que impacta diretamente na  estratégia de precificação das organizações que navegam pelo Oceano Azul. 

Outra grande vantagem desse modelo é a possibilidade que os negócios agora têm de explorar novas oportunidades e inovar em diferentes segmentos, suprindo as dores e necessidades dos mais variados públicos.

Outros benefícios que as empresas podem colher ao adotar a estratégia do Oceano Azul incluem:

  • Processos estruturados;
  • Diferenciação no mercado;
  • Maior atração de clientes;
  • Satisfação e fidelização de clientes;
  • Recomendação (clientes fiéis podem se tornar promotores da marca);
  • Atuação em um mercado livre de concorrência;
  • Credibilidade da marca no mercado;
  • Redução de riscos (a partir de processos iterativos e de pesquisas de mercado bem fundamentadas);
  • Diminuição de custos.

Mas, na prática, como as empresas podem adotar a estratégia do Oceano Azul e conquistar novos mercados? É o que vamos ver a seguir!

Como implementar o Oceano Azul em 4 etapas

Para implementar o Oceano Azul como estratégia, as empresas podem seguir 4 etapas principais e partir de algumas perguntas, como:

  • Por que os clientes comprariam os nossos produtos? Há demanda? Qual valor entregamos aos usuários?
  • Nossa estratégia de precificação faz sentido nesse contexto do mercado?
  • Qual a viabilidade de desenvolver esse novo produto ou criar essa nova empresa agora?
  • Qual o ciclo de vida do produto, de acordo com nossas pesquisas de mercado?

Para responder a essas perguntas, além de olhar para dentro do negócio, o time precisa analisar o mercado, a concorrência e o público, para encontrar oportunidades ainda não exploradas. 

Agora, voltando às 4 etapas que citamos no início do tópico, vamos falar sobre elas a seguir. 

1. Consciencialização visual

Neste momento, o time deve recolher informações sobre o mercado e a concorrência, observando as oportunidades de inserção e de diferenciação de seus serviços e produtos. Você pode utilizar a estratégia de benchmarking (comparando números do mercado) e a metodologia SWOT, para descobrir as forças e as fraquezas da sua empresa e dos seus concorrentes, assim como as ameaças e oportunidades do mercado.

2. Exploração visual

Nesta etapa, o time decide o que irá trabalhar como diferencial inovador do produto ou do negócio. Este é o momento de analisar as informações coletadas na etapa anterior e priorizar o que deve ser feito. Com as informações da etapa anterior e os caminhos possíveis para o desenvolvimento de um valor inovador, a exploração visual tem como objetivo criar o elemento que será explorado como diferencial.

3. Apresentação da estratégia visual

Esta é a fase de organizar as informações e a estratégia de diferencial em um projeto visual, que pode ser apresentado para outros profissionais da empresa e stakeholders. O time deve aproveitar o momento para refinar as estratégias e incrementar o que foi pensado. 

4. Comunicação visual

Nesta última etapa, o projeto que foi apresentado na fase anterior é refinado de acordo com os feedbacks recebidos para que a estratégia possa ser aplicada à realidade do negócio. A versão final é estruturada de forma visual e com linguagem acessível para todos da empresa, garantindo que todos possam consultar e entender essa comunicação.

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