Um Product Owner com background em Comunicação: PM3 Stories - Cursos PM3
Equipe de conteúdo - PM3

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Continuando a série de entrevistas com os nossos alumni, convidamos o Marcelo Scherer, que tem um background em Comunicação e hoje atua como Product Owner na KingHost, para compartilhar a sua história.

Aprender com as experiências das outras pessoas é uma das formas de se inspirar e buscar alternativas para uma transição de carreira, como é o caso de muitos Product Managers, as suas experiências no passado acabam por moldar quem você é hoje ou será amanhã. Vamos a isso! 

Conte um pouco sobre você

Comecei minha carreira profissional na área de comunicação ainda na faculdade, concomitante a isso trabalhei em algumas rádios FMs aqui de Porto Alegre (RS). Continuei na comunicação, porém fui levando minha carreira para área de marketing digital por volta de 2008. Fui me especializando em SEO e Análise de Dados, na época usávamos muito Google Analytics. 

Nesse ínterim, fiz cursos de web design, que na época dava uma boa base com HTML o que me ajudou bastante a ser um profissional mais completo em SEO. Nesse período fui trabalhar na agência Cadastra, uma das mais antigas agência de performance do país, minha passagem por lá foi muito rica em termos de conhecimento em SEO, haviam ótimos profissionais nessa área e todos foram grandes professores.

Minha entrada na área de produto se deu quando fui trabalhar no Grupo RBS, já havia lido alguma coisa sobre agile e desenvolvimento de produto, mas não tinha nenhuma noção prática quando fui convidado a trabalhar no Grupo RBS, detentora de marcas como Jornal Zero Hora, Rádio Gaúcha e outros meios de comunicação no RS e SC. Isso era 2014 e confesso que a construção de times ágeis, com framework do Scrum me deixou meio confuso na época. 

Nosso time de métricas e SEO trabalhava em conjunto com outros times de produto, numa atuação horizontal. Éramos responsáveis por cuidar das implementações técnicas de SEO, bem como, passar treinamento na redação, para que os jornalistas tivessem mais base em como escrever para os buscadores. 

Além disso, nossa responsabilidade nesse time era fazer as recomendações técnicas das ferramentas de métricas, bem como definição de KPIs e junto com time de UX definimos o que seria medido, quais hipóteses queríamos testar. Foi outro salto de conhecimento na minha carreira e onde entrei de cabeça para entender mais sobre concepção, desenvolvimento e gerenciamento de produtos.

Depois de quatro anos saí da RBS e fui trabalhar como gerente de marketing no Grupo A, em um negócio novo dentro da empresa que acabou não dando muito certo e a empresa acabou levando para São Paulo a área de marketing e vendas, deixando mais próximo do sócio do negócio. O ponto positivo, foi que descobri que realmente queria trabalhar com produto e não mais com marketing digital e na mesma época que aconteceu essa mudança na empresa, eles começaram a olhar mais para a área de tecnologia, e isso coincidiu com a abertura de uma vaga de PO dentro da empresa, e foi nesse ambiente que eu acabei fazendo essa transição de carreira. Infelizmente a empresa não tinha muita noção sobre o que era a área de produto, o que eram métodos ágeis e acabei sendo convidado para trabalhar aqui na Kinghost como PO, onde estou hoje.

Por que você quis se tornar um PM?

Minha transição foi natural, voltei para o Marketing Digital, mas percebi que a minha motivação era criar produtos melhores para as pessoas e não apenas divulgá-los. Tive um pouco de sorte, porque sei que não é fácil fazer essa transição, mas como foi dentro da empresa que eu trabalhava na época, acredito que contribuiu bastante para ser menos “dolorida”. Me identifico muito com os clientes e estou sempre buscando uma forma de entendê-los para facilitar a vida deles no uso do produto e quais as reais motivações que eles tem por utilizar o produto. 

Acho empatia fundamental para entender tudo isso e acredito que a formação em comunicação acabou me ajudando bastante nisso. Além disso, sempre gostei de trabalhar e colaborar em grupos e times e acredito que o pensamento do Agile proporciona essa interação. Análise de dados também é outra coisa que me fascina, entender como as pessoas interagem com as aplicações criadas e os padrões de uso são coisas que me despertam a curiosidade. 

Antes de entrar na área de produtos, você chegou a questionar se tinha o background certo?

Me questionei sim, na empresa anterior onde fiz a transição de carreira, vi que o que eu tinha como compreensão das atividades de um PO e a minha experiência com produto no Grupo RBS, percebi que as coisas não estavam se encontrando. Meu questionamento estava mais na linha da contramão do que a empresas entendia como PO, que na minha concepção estava mais para um Gerente de Projetos. 

Nessa época, tive um pouco de receio de não conseguir me colocar no mercado de produto e atuar como PO. Também, na mesma época comecei a fazer o curso de PM da PM3 e percebi que o momento da empresa não coincidia com o que eu buscava como PO e que demoraria bastante para equalizar isso. Então, comecei a buscar outras oportunidades e cheguei aqui na Kinghost, onde tudo que aprendi em termos de produto no curso e na experiência anterior fez sentido. 

Todos os skills que acumulei nos anos me ajudaram a conseguir a vaga. Acredito que tanto o PO, como PM, tem que possuir uma bagagem interessante sobre as três principais áreas de produto: negócio, tecnologia e UX, ajudando na visão de produto. Normalmente, o PO/PM está cercado de profissionais especialistas nestas áreas, mas sendo responsável pela visão de produto e representando o cliente e empresa em um papel só, é importantes eles desenvolver esses três pontos.

Logo nos primeiros dias já na área de produtos (ainda como PO), quais foram seus principais desafios e como deu a volta por cima?

Acho que o principal desafio é entender o negócio da empresa, entender a estrutura, quais stakeholders são importantes na tomada de decisão dentro dela. Na época que comecei como PO vi uma apresentação bem interessante da Harbani Malhorta, que se chama First 90 Days as a New Product Manager, ela foi PM da Flipkart e fala muito neste pontos no vídeo.

Isso me serviu de guia, estava bem perdido, pois a empresa na qual eu estava, também não tinha compreensão, fui o primeiro PO lá e eu também não tinha experiência como PO, sabia um pouco de produto da experiência anterior, mas não com esse papel. 

Essa apresentação me fez compreender que o responsável de produto faz interface com muitas pessoas e precisa entender o todo, achei bem interessante essa explicação na qual ela fala desses pontos, além claro, de entender o cliente. 

Inicialmente tive essa dificuldade de me inserir como PO e vendo essa apresentação tomei outra atitude, estudando mais a empresa, as pessoas, o cliente e o produto.

Por que escolheu a PM3 e o que mudou depois do curso?

Escolhei a PM3 por diversos fatores, um deles foi o time de professores, são todos profissionais inseridos em ótimas empresas e que trabalham como uma realidade brasileira. Isso ajuda muito, por mais que nossas referências de estudo sejam os gringos, muito do que eles falam é difícil aplicar aqui a nossa realidade, seja por questões culturais, financeiras ou mesmo de negócio, esse pra mim foi o ponto principal para tomar a decisão de fazer o curso de Product Manager

Pontos secundários como a praticidade de fazer o cursos online e o custo de ir para São Paulo e fazer uma imersão eram um pouco inviável, até porque fica difícil a empresa na qual você trabalha te liberar por um longo período de tempo. Mas o que pesou foram os professores com certeza.

Algum conselho para quem aspira entrar na área e se tornar um PM?

Acredito que primeiro é entender a organização que você trabalha, onde você está inserido, depois se você não é da área, mas almeja fazer a transição de carreira, acredito que tentar fazer esse processo dentro da empresa que você já está inserido seja mais fácil do que sair do seu cargo atual e procurar uma vaga no mercado sem antes ter trabalhado como PO e PM.

Outra dica é, seja curiosos e questionador, nunca fique com dúvida sobre algo referente ao seu produto, vá a campo, análise dados de uso e dados financeiros. Se sua empresa possui um setor de atendimento, vendas e/ou sucesso do cliente, esses são bons lugares para você visitar e entender as dores, são times que estão na linha de frente, vão te ajudar quando você não tiver tempo ou um cliente por perto para entender tomar decisões de produto, claro, um bom trabalho de product discovery é essencial, mas às vezes não há essa possibilidade, então são departamentos interessantes dentro da empresa na qual você pode recorrer. Claro, experiência na área, estudar é algo essencial, mas a experiência, aprender com erros te faz um profissional melhor.

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