PM3 Stories: Product Manager com background em Computação
Equipe de conteúdo - PM3

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Continuando a série de entrevistas com os nossos alumni, convidamos a Fabiana Varejão, que tem um background em Ciência da Computação, e hoje atua como Product Manager na OLX Brasil, para compartilhar sua história.

Aprender com as experiências das outras pessoas é uma das formas de se inspirar e buscar alternativas para uma transição de carreira, como é o caso de muitos Product Managers, as suas experiências no passado acabam por moldar quem você é hoje ou será amanhã. Vamos a isso!

Conte um pouco sobre você


Nasci em Suzano e toda minha família está por lá, mas atualmente moro em São Paulo. Amo cachorros e tenho uma filha de 4 patas. Adoro viajar, conhecer lugares novos, adoro história e a leitura faz parte de mim.


Na área profissional, fiz faculdade de Ciência da Computação na Universidade Braz Cubas, em Mogi das Cruzes, e no final do segundo ano consegui meu primeiro estágio na área de desenvolvimento de software. Fiquei um ano nesse estágio e depois consegui um novo estágio na ABEC, que era mantenedora dos colégios Maristas, também em análise e desenvolvimento de software. Fui efetivada e fiquei por sete anos na empresa. Depois disso, passei mais quatro anos no Insper como Analista de Sistemas e DBA, e mais cinco anos na Netshoes. 

Na Netshoes, acabei passando por diversos papéis, como Analista de Sistemas e Gerente de Projetos, e em meados de 2014 passamos por um processo de mudança, que foi meu primeiro contato com produto, me tornando Product Owner. Depois disso, atuei como Gerente da área de Sistemas no Instituto Ayrton Senna e em 2018 retornei ao mundo de produtos, passando pela Mutant e atualmente na OLX.


Nesse meio tempo, fiz pós-graduação em Gerenciamento de Projetos pelo IBTA, um CBA em Administração de Empresas pelo Insper e ano passado terminei um MBA em Transformação Digital pela FIAP.

Por que você quis se tornar uma PM?


Na época em que estava na Netshoes, eu atuava como Gerente de Projetos, e quando o ágil chegou por lá, ao passo que evoluíamos na estrutura organizacional quebrando em times e definindo o papel de cada um dentro do negócio, também foi necessário revisar minha carreira e entender onde eu poderia me encaixar nessa nova estrutura.

Minha dúvida na época era se eu deveria ser Scrum Master ou Product Owner. Sempre gostei de novos desafios, especialmente aqueles que me fazem aprender coisas novas. Nesse processo de mudança, senti muita resistência de pessoas que já atuavam em times ágeis e enxergavam que o papel do gerente de projetos era algo ruim ou contra ágil. Mas, como disse, adoro um desafio e não gosto de julgar sem antes conhecer, por isso essa resistência me fez querer entender ainda mais as diferenças entre os papéis, formas de atuação, mudança de mindset, e com isso mergulhei na agilidade… foi aí que me descobri como Product Owner.


Conforme a minha experiência foi aumentando e minha visão de negócio/produto se ampliando, senti que deveria dar um passo além, e comecei a buscar mais sobre quais seriam as diferenças entre PO e PM, e entendi que fazia muito sentido pra mim buscar algo nessa área.


No meu caso, eu via que ser PM seria um passo além do que já vinha atuando como PO. Não acredito que tenha que ter essa sequência, pois são papéis distintos, mas no meu caso acabou sendo assim e o background de PO me ajudou muito a construir minha carreira como PM.

Antes de entrar na área de produtos, você chegou a questionar se tinha o background certo?

Com certeza. Como vim da área de TI, acabei me desenvolvendo muito em delivery e ficava admirando outras pessoas que mostravam os impactos das entregas, as métricas de sucesso coletadas e que questionavam muito sobre experiência do cliente, conexão com o negócio e o por que temos que fazer tudo que pedem.

Eu sentia que não conseguiria desenvolver todas essas skills, tinha muito medo de não saber dizer “não” e que não daria conta de atuar em tantas frentes diferentes como um gerente de produto atua.


Além disso, eu via que todos que atuavam em produto eram bem mais jovens que eu… comecei fazer faculdade em 98, nem o Manifesto Ágil tinha sido lançado (kkkk) e estava começando em produto em 2014. Eu imaginava que não daria conta de ter uma visão mais ampla e questionadora.

Logo nos primeiros dias já na área de produtos, quais foram seus principais desafios e como deu a volta por cima?


Eu tremia na base quando chegava em reunião ou no próprio time e alguém pedia alguma métrica do produto que eu não sabia, tipo “Qual o bounce rate de x?” ou então “Qual a receita que passa por x?”. Eu queria morrer, pois eu deveria saber, me cobrava demais pra ter tudo na ponta da língua.

Além das métricas que me amedrontavam, eu tinha muita dificuldade de conectar todas as esferas: estratégica, tática e operacional, fazendo tudo convergir para entregas de valor, e ainda colocando tudo isso com foco no cliente.


Para dar a volta por cima, eu comecei a atuar em duas frentes: primeiro entender de fato o produto, ou seja, comecei a listar as métricas, entender quem são meus clientes, fechar uma visão do meu produto para poder estabelecer os limites de atuação e me perguntar sempre se o que estava fazendo de fato atendia o que o produto se propunha a entregar para o cliente. Questionava todo mundo, e comecei a me desafiar a participar das reuniões complexas, para realmente aprender com meus pares.


Em paralelo, na segunda frente, foi estudar muito. Comecei a ler livros, participar de meetups e eventos de produto, a trocar mais ideias com outras pessoas que já estavam atuando na área, e com isso fui criando um bom repertório de conhecimento.


E as duas frentes começaram a virar um ciclo positivo, pois quanto mais eu aprendia na teoria, mais questionamentos eu fazia na prática e mais profundidade de produto fui adquirindo, e continuo seguindo essa fórmula até hoje.

Por que escolheu a PM3 e o que mudou depois do curso?


Eu estava atuando como PO e há algum tempo eu queria fazer um curso de Product Management, mas como estava terminando o MBA, acabei adiando a ideia um pouco, por questões financeiras e também porque não teria tempo para me dedicar. Lembro que falei com o Bruno Coutinho (um dos founders da PM3) num evento e ele me disse: “É melhor fazer uma coisa de cada vez mesmo, pra ter tempo de absorver esse conhecimento”.


Quando terminei o MBA, eu comecei a comparar os cursos de PM que estavam no mercado. Encontrei 2 ou 3 no máximo. A PM3 logo me chamou a atenção por ser totalmente online e por ter um custo mais acessível que outras escolas que vinham explorando demais essa área. A princípio fiquei pensando se eu teria a disciplina necessária para fazer o curso, por ser online.


Nesse meio tempo, entrei na OLX como Product Manager, e fazer o curso se tornou ainda mais prioritário para complementar meus conhecimentos e, de fato, poder aplicá-los. Fiz a matrícula, atrasei um pouco pra começar, mas quando comecei, fui direto, do início ao fim, terminando em 3 meses.
A primeira coisa que me chamou a atenção foi o e-mail que recebi da PM3 com a proposta de tempo de dedicação semanal para não atrasar os estudos e perder o final do curso. Depois, durante as aulas, a qualidade dos professores e a indicação do conteúdo foram excelentes.


O que mudou pra mim é que pude aumentar meu repertório de conhecimento teórico para saber o que escolher no meu dia-a-dia, as abordagens de cases reais me permitiram associar aos desafios diários e saber o que aplicar no momento certo conforme o cenário que encontrava.

Ainda tenho um monte de conteúdos que não consegui finalizar, pois tem livros excelentes que ainda quero ler, mas a vida de qualquer profissional atualmente, especialmente o PM, é estar em constante evolução.

A PM3 me ajudou a enxergar aquela parte que você não sabe que não sabe e buscar se aprofundar mais nessas áreas. Outras que eu já conhecia, o curso me deu a oportunidade de revisitar e reforçar conceitos que acabaram se perdendo com a prática.

Algum conselho para quem aspira entrar na área e se tornar um PM?


Um amigo me disse certa vez que hoje em dia, qualquer material você encontra na internet, mas tem tanta coisa e nosso tempo é tão escasso, que os cursos nos ajudam a organizar esse material e direcionar nosso foco para o lugar certo. Então, eu super indico fazer um curso de PM, tanto pelo material organizado quanto pela troca de experiências de quem realmente atua na área.


Além disso, participe ativamente da comunidade de produtos, hoje temos muito eventos e pessoas super disponíveis para trocar experiências de forma colaborativa.


E, por fim, é muito importante ser flexível. Eu sou uma pessoa muito pragmática e era muito avessa ao erro, a demonstrar que não sabia ou querendo sempre apenas “entregar”. Nesse ponto, eu tive que refletir comigo mesma, pra ver se o “querer ser PM” era maior que esses comportamentos que eu tinha, pois estar na carreira de produto é estar aberto ao erro, saber que a maioria dos testes dão errado, que precisamos assumir que não sabemos para poder aprender com todos que estão conosco e que, às vezes, precisamos mudar a rota, e priorizar a qualidade e o que faz sentido para o cliente, e não a quantidade que você entrega. E nesse momento, você precisa mudar seu ponto de vista e entender que faz parte do trabalho.

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